Nos
dias atuais entendo totalmente a desconstrução de algumas terminologias porque
estão enraizadas pelo preconceito, entre essas terminologias para os gays podem
ser "viado", 'bicha'', "boiola", entre outras. Porém no
atual cenário que nos encontramos onde parece que estamos, parece não, estamos
mesmo passando por retrocessos de nossa liberdade e direitos já conquistados,
lutamos hoje não por coisas novas, mas sim por conquistas existentes para que
as mesmas não se desfaçam. O preconceito perdeu lugar para a chamada opinião e
assim as pessoas saem falando o que querem e intitulam suas asneiras como
apenas sua opinião sem ao menos pensar no próximo. Entendo a marginalização que
envolve essas terminologias penso na desconstrução, porém se afirmar “viado”, “bicha”,
“boiola” ou outros, hoje é uma afirmação política. Neste cenário homofóbico e
fundamentalista ser “viado” se tornou um mais que exercer sua liberdade de
viver, se torna também um ato político. Sempre que penso em se auto afirmar
alguma terminologia, logo me paro pensado na ‘Marcha das Vadias’, onde se para
a mulher se livre ela é “vadia”, então que sejam todas “vadias”. Para algumas
vertentes do movimento feminista se afirmar “vadia” se tornou algo político em
busca da liberdade da mulher e como adepto ao movimento acho lindo e consigo
fazer essa analogia com o que penso nas terminologias que envolvem os
homossexuais homens. Ser “viado” na sociedade de hoje é enfrentar todo
preconceito que está impregnado na sociedade e que é velado pela opinião e pela
religião. Se para conquistarmos direitos e termos nossa liberdade de apenas
darmos a mão na rua ao nossos namorados então que sejamos todos “viados”, “bichas”,
“maricas”, “boiolas” entre outros. Seja “viado” você também se for gay.