quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ser viado é um ato político

Nos dias atuais entendo totalmente a desconstrução de algumas terminologias porque estão enraizadas pelo preconceito, entre essas terminologias para os gays podem ser "viado", 'bicha'', "boiola", entre outras. Porém no atual cenário que nos encontramos onde parece que estamos, parece não, estamos mesmo passando por retrocessos de nossa liberdade e direitos já conquistados, lutamos hoje não por coisas novas, mas sim por conquistas existentes para que as mesmas não se desfaçam. O preconceito perdeu lugar para a chamada opinião e assim as pessoas saem falando o que querem e intitulam suas asneiras como apenas sua opinião sem ao menos pensar no próximo. Entendo a marginalização que envolve essas terminologias penso na desconstrução, porém se afirmar “viado”, “bicha”, “boiola” ou outros, hoje é uma afirmação política. Neste cenário homofóbico e fundamentalista ser “viado” se tornou um mais que exercer sua liberdade de viver, se torna também um ato político. Sempre que penso em se auto afirmar alguma terminologia, logo me paro pensado na ‘Marcha das Vadias’, onde se para a mulher se livre ela é “vadia”, então que sejam todas “vadias”. Para algumas vertentes do movimento feminista se afirmar “vadia” se tornou algo político em busca da liberdade da mulher e como adepto ao movimento acho lindo e consigo fazer essa analogia com o que penso nas terminologias que envolvem os homossexuais homens. Ser “viado” na sociedade de hoje é enfrentar todo preconceito que está impregnado na sociedade e que é velado pela opinião e pela religião. Se para conquistarmos direitos e termos nossa liberdade de apenas darmos a mão na rua ao nossos namorados então que sejamos todos “viados”, “bichas”, “maricas”, “boiolas” entre outros. Seja “viado” você também se for gay.