Certa vez namorei um
rapaz que me falou que beijo era uma coisa banal. Pensar nisso ainda me assusta
um pouco. Sempre fui beijoqueiro, logo, beijar nunca foi uma coisa banal pra
mim. É uma conexão, muitas vezes primária, que criamos com alguém. Como isso
pode ser banal? E eu falo de todo o
beijo, seja o apenas afetivo e/o sexual. É uma conexão que criamos com alguém.
E o mais engraçado é que conseguimos perceber a personalidade de alguém só
através do beijo. A forma como a pessoa beija e se comporta durante o beijo diz
tudo sobre ela. Neste sentido, beijo pra mim não há como ser banal. Seja ele
estalinho, seja ele de língua, envolvente, acalorado, calmo ou o que for. Não
há de ser banal. Um dia destes estive conversando com um amigo sobre como sinto
falta de beijos intermináveis, na verdade ele que despertou essa saudade em mim
ao tocar no assunto. Sabe gente, aqueles beijos que a gente vai conversando,
beija, se olha, beija, conversa mais um pouco e beija novamente, assiste a um
filme e da um beijinho, apareceu uma cena romântica da um beijo, ficamos
contemplando o tempo e beijamos. Enfim, beijos que vão sendo contínuos. Isso
sem qualquer conotação sexual da coisa, apenas troca de afeto entre os beijos.
Você já teve beijos intermináveis? Sinto falta disso. Que 2022 seja um ano de
beijos intermináveis para todas nós. E que nesta época de fim de ano possamos
não esquentar a cabeça, mas sim esquentar o coração.